segunda-feira, 29 de outubro de 2012


EDUCAÇÃO  E  VALORES

O JUÍZO MORAL DA CRIANÇA ( VIDEOAULA 3)




Moral- conjunto de regras impostas por um grupo, ou seja, é construído coletivamente a partir dos costumes do grupo.
Para ser um sujeito moral é necessário cumprir as regras impostas e aceitas pelo grupo.
O sujeito passa por diferentes estados de educação moral. Quando a criança nasce, ela desconhece regras e exige cuidados e atenção a todo momento, fazendo somente aquilo que sente vontade. Logo a criança começa a aprender regras a partir da relação que se estabelece com outras pessoas, e esta lhe impõe limites, controlando seus impulsos e ensinando o que ela pode ou não fazer. Uma vez de posse dessa noção de limites, a criança precisa internalizar as regras de convívio social e de respeito mútuo, para que possa tornar-se autônoma, isto é, ter consciência de seu papel e de sua responsabilidade no cumprimento dessas regras. Piaget, fala sobre os estados que o sujeito passa durante a sua vida, sua formação, dividindo-os em três momentos distintos no qual o sujeito se encontra, isto é, do seu nascimento à sua vida adulta, a pessoa age de acordo com aquilo que compreende da sua relação com o meio. Quando o sujeito desconhece regras e faz tudo o que tem vontade, sem responsabilidade, sem preocupação com as consequências, ele se encontra no estado de anomia, a partir do momento que esse sujeito recebe orientações de outra pessoa sobre o que pode ou não fazer em virtude das consequências relacionadas às suas ações, ele passa para um estado de heteronomia. Mas, o mais importante estado defendido por Piaget, é o da autonomia, isto é, quando o sujeito internaliza as regras de convivência social, e age com responsabilidade, compreendendo a importância das suas atitudes para uma boa relação com o grupo, pensando sempre no coletivo. 




A ESCOLA E A CONSTRUÇÃO DE VALORES ( VIDEOAULA 4)





Os conteúdos escolares devem permitir a transversalidade e a interdisciplinaridade de temáticas relacionadas às questões sociais como inclusão social, respeito e solidariedade, igualdade de direitos, entre outras que são pertinentes na busca por uma sociedade justa e igualitária.
A escola deve permitir que o processo de ensino-aprendizagem ocorra a partir do diálogo, do respeito e aceitação da cultura do aluno, seus interesses e necessidades. É preciso que exista uma relação horizontal, na qual aluno e professor possam dialogar e aprender juntos.
O trabalho pedagógico tem de ter a intencionalidade pautada nos valores defendidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos, a qual idealiza uma sociedade  mais justa.
A relação professor-aluno deve permitir que o respeito, autoridade e admiração sejam promovidos através do diálogo e da reciprocidade de sentimentos positivos.






EDUCAÇÃO E ÉTICA ( VIDEOAULA 7)








A Ética é construída a partir das regras preestabelecidas por um determinado grupo, ela se constitui de uma ação voluntária do sujeito frente à situações cotidianas, sendo seus valores determinantes nas suas atitudes, isto é, ele age por sua livre escolha, de acordo com as suas crenças sobre certo e errado, sempre visando o coletivo, o bem comum. Logo a Moral, é recomendada por regras estabelecidas socialmente, porém, o sujeito submete-se a ela por imposição, com riscos de sansões caso não as cumpra.
A educação deve ter foco na Ética, visto que, o aluno está sendo formado para o exercício da cidadania, e esta, é constituída a partir de comportamentos éticos. Quando a escola tem uma proposta pedagógica com vistas à cidadania, ela tem de estar pautada em valores éticos, como solidariedade, justiça social e igualdade de direitos. É importante lembrar que a relação aluno-professor deve ser de respeito e admiração. Essa relação horizontal, permite o diálogo e a participação efetiva do aluno, o educador por sua vez, deve ser a referência ética do aluno, uma vez que sua postura compromete a formação do educando. O comportamento ético deve ser visto cotidianamente no espaço escolar, sendo demonstrado por todos que integram a comunidade escolar, educadores, funcionários, pais e alunos, devem observar suas ações e se comprometer a agir com responsabilidade e ética, visando o bem comum, a felicidade coletiva. 




A CONSTRUÇÃO PSICOLÓGICA DOS VALORES ( VIDEOAULA 8)





O valor está relacionado à questão afetiva, é do próprio sujeito, dá-se, segundo Piaget, da projeção que este faz sobre objetos, pessoas, relações ou sobre si mesmo. A construção dos valores acontece por toda vida, dependendo da experiência e do conceito que o indivíduo constrói sobre essa experiência. Cada sujeito constrói seus próprios valores, não dependendo de uma imposição externa, porém estão intimamente relacionados a afetividade, e como essa se dá, podendo ser positiva e tornar os valores positivos, e ou desejáveis no convívio social, ou ainda, negativa e responder aos valores negativos, e menos desejáveis.
Quando o sujeito constrói sua identidade com determinados valores, esses podem ser periféricos, pouco importantes, ou centrais, mais importantes. O posicionamento dos valores varia de acordo com a experiência vivida pelo sujeito, não são determinados, podendo assim, ser mudados ao longo da vida.
O papel social da escola é formar cidadãos éticos, a partir da inclusão, em seu currículo, de valores socialmente desejáveis. Os projetos devem priorizar as relações, promovendo a construção de valores positivos na formação do educando, para que este possa obter uma postura ética na sociedade e conviver coletivamente visando o bem comum.




PERSPECTIVAS ATUAIS DAS PESQUISAS EM PSICOLOGIA MORAL 
( VIDEOAULA 11)





Os valores estão relacionados às experiências do sujeito, e eles se dão na troca de afetos entre o sujeito e o meio. O sujeito constrói seus valores, podendo ser morais ou não, dependendo dos sentimentos projetados, se positivos ou negativos. Quando os valores são construídos, eles podem ocupar um lugar central ou periférico no sistema moral do sujeito, ou seja, se considerados centrais, esses valores passam a ter uma importância maior nas ações e concepções do sujeito, logo, se forem periféricos, tornam-se menos importantes nos conceitos do sujeito.
Os valores devem ser trabalhados na escola, como parte da proposta pedagógica, por sua importância, e relevância na formação integral do aluno. O educador deve incluir nas atividades de sala de aula, a formação em valores, reforçando e estimulando sentimentos positivos, fazendo com seus alunos levantem questões sobre valores, e discutam as reais possibilidades de se melhorar o convívio baseado em sentimentos positivos.






PERSPECTIVAS ATUAIS DA EDUCAÇÃO EM VALORES ( VIDEOAULA 12)




A Educação em valores promove uma interação entre Escola e Comunidade, permitindo que esta se sinta parte da educação, e participe das ações promovidas pela equipe escolar, como reuniões e conselhos, visando a melhoria do ensino.
A escola deve envolver a comunidade em sua proposta político pedagógica, trazendo as questões do entorno da escola para a sala de aula. Esse envolvimento reforça os laços do aluno com a escola, sentindo-se valorizado, e participando ativamente na construção do conhecimento.
Os projetos precisam partir das necessidades da comunidade local, e em parceria às diversas áreas do conhecimento, por isso, os responsáveis por essas disciplinas devem mediar a aprendizagem do aluno, oportunizando a sua reflexão sobre os fenômenos ocorridos no entorno da escola e que estão diretamente relacionados à sua vida, ao seu cotidiano. Esse é o caminho, partindo dos conhecimentos prévios do aluno com vista aos conhecimento científico, a formação integral, e a capacitação para o exercício efetivo da cidadania, desenvolvendo competências, utilizando os saberes construídos na busca pela melhoria da qualidade de vida, sua, e de sua comunidade.






DIMENSÕES CONSTITUTIVAS DO SUJEITO PSICOLÓGICO (VIDEOAULA 15)







O sujeito psicológico, é ser complexo, e se constitui nas relações com o meio. Ele se divide em consciente, quando suas ações ou sentimentos passam pela sua consciência, e não-consciente quando ocorrem no organismo, sem que necessariamente passe pelo consciente, exemplo as funções orgânicas e sua cadeia de processos.
O sujeito é formado na dimensão biológica, afetiva, sociocultural e cognitiva. Diante dessa ideia de sujeito psicológico, faz-se uma observação sobre concepções equivocadas a respeito do comportamento e atitudes do aluno, suas potencialidades e limites. O aluno é um pouco de cada dimensão que o constitui, e isso influencia diretamente na sua aprendizagem, cabendo ao educador considerar e respeitar todas as possíveis variáveis que por ventura venham interferir no processo de ensino-aprendizagem, buscando auxiliá-lo e garantir-lhe condições de obter uma aprendizagem significativa . Cada indivíduo é único, e como tal, possui características próprias, podendo sofrer mudanças no comportamento devido a uma predisposição genética ou influências do meio. Diante disso, cabe à educação escolar promover uma relação de respeito entre educador-educando, considerando suas necessidades, potencialidades e limitações, centrando sua proposta pedagógica sempre em função do aluno e da sua formação. 




A CONSTRUÇÃO DE VALORES E A DIMENSÃO AFETIVA (VIDEOAULA 16 )



A afetividade e a cognição são ao mesmo tempo motivacionais e estruturais, segundo Mario Carreteiro ( apud Pinheiro, Viviane, 2012). Nessa linha de pensamento, entende-se que, afetividade e cognição são influenciadas pelo meio e também construídas pelas estruturas internas do sujeito.
Dentre os sentimentos expressados pelo sujeito, a vergonha e a culpa evidenciam a sua reação diante de situações-problema enfrentadas cotidianamente. Quando a vergonha é percebida, demonstra que o sujeito quer se esquivar daquela situação, e está relacionada à forma como é visto pelos outros. Porém, se ficar evidente o sentimento de culpa, significa que o sujeito tem a necessidade de se retratar, pois demonstra arrependimento, e este sentimento está relacionado à imagem que ele mesmo faz de si próprio.
Essas constatações nos fazem pensar sobre a importância de se trabalhar os sentimentos morais na escola, promovendo um autoconhecimento do sujeito, e uma reflexão sobre suas atitudes, seus valores e sentimentos, para que diante de uma nova ação, ele possa ter um posicionamento positivo, e agir consciente de que fez o melhor. 




PODEM A ÉTICA E CIDADANIA SEREM ENSINADAS ? ( VIDEOAULA 19)









A Ética é uma necessidade da formação humana, para um convívio socialmente justo, solidário e igualitário. A escola tem o papel social de agente transformador da realidade, cabendo ao educador, formar cidadãos éticos, conscientes e atuantes na sociedade.
A educação escolar tem uma responsabilidade na formação do aluno, realizando um trabalho pedagógico que promova a construção de valores éticos. A Ética é uma conjunto de ações virtuosas, que visam a coletividade, a felicidade da maioria, o bem comum. O comportamento ético precisa ser observado no espaço escolar, a fim de que o aluno possa incorporar em sua prática diária, atitudes éticas, que são facilmente assimiladas quando estas lhe fazem sentido. O educador e equipe escolar, são importantes na formação do educando, pois a aprendizagem e a formação ocorrem a todo momento, nas relações e nas interações do sujeito com o meio, e cada comportamento observado serve de referencial na construção dos valores do aluno, cabendo assim, um olhar mais atento às atitudes das pessoas envolvidas com a educação escolar, obtendo sempre uma postura de respeito, tolerância, solidariedade e aceitação em relação ao outro.





VIOLÊNCIA E EDUCAÇÃO ( VIDEOAULA 20)







A violência escolar tem várias vertentes, podendo ser internas, no contexto escolar, ou externas, além dos muros da escola. Quando o aluno não se sente parte da escola, ele tende a depreciá-la, por não ver nela sentido. A violência pode ser física ou simbólica, esta segunda, por sua vez, ocorre numa relação desigual, pois sempre se origina numa relação de discriminação, desrespeito e exclusão de uma pessoa sobre outra, que está em condição de vulnerabilidade maior . Se a escola não inclui, não integra, não acolhe o aluno, este reage motivado pela sua insatisfação, agredindo física ou verbalmente professores e outros alunos. A escola precisa se preparar para acolher o aluno e oferecer-lhe oportunidades de diálogo, nas quais ele possa relatar suas insatisfações, seus interesses e necessidades. Um ambiente escolar democrático e acolhedor, demonstra interesse e respeito por seus alunos e lhes oferece condições de uma formação integral, desenvolvendo suas potencialidades, suprindo suas necessidades educacionais, mostrando-lhe o quanto ele é importante dentro e fora da escola.





ASSEMBLEIAS ESCOLARES E A DEMOCRACIA ESCOLAR ( VIDEOAULA 23)





As assembleias escolares são encontros nos quais alunos e equipe escolar dialogam afim de resolver os problemas surgidos na escola. Esses encontros podem ocorrer em sala de aula entre professor e alunos, ou entre alunos e equipe escolar, e ainda entre professores e funcionários da escola. É de real importância esse movimento democrático dentro da escola, pois abre um canal para o diálogo, para exposição de ideias, para a busca de soluções dos conflitos existentes no ambiente escolar. É uma demonstração de construção da cidadania promovido pela educação, uma vez que, coloca o aluno frente aos problemas do cotidiano escolar, e possibilita uma reflexão sobre papéis e responsabilidades dentro da escola.





DIVERSIDADE/PLURALIDADE CULTURAL NA ESCOLA ( VIDEOAULA 24)





Ainda hoje, a pluralidade cultural é pouco estudada na escola. Mesmo sendo incluídas nos PCN's, como Temas Transversais, a Pluralidade e Diversidade Cultural esbarram nos preconceitos de educadores e alunos, que não tem conhecimento sobre o assunto, e permanecem nessa condição de discriminação e exclusão social. Embora, tenhamos uma sociedade miscigenada, a questão das etnias ainda é tema de discussões nas escolas. Além da questão racial, existem formas de exclusão, seja pelo credo religioso, opção sexual, deficiência física ou mental, entre outras. As pessoas tem dificuldade em aceitar o diferente, e tendem a discriminá-lo, considerá-lo menos importante, e até mesmo ejetá-lo do convívio do grupo. Para que esse quadro mude, a educação escolar precisa ser reavaliada, e partir de um conceito de que somos todos iguais, e não é por características físicas, ideológicas, culturais ou socioeconômicas que as pessoas se tornam desiguais. Somos todos  diferentes, uma vez que, cada indivíduo é único, porém nos tornamos iguais, quando vivemos socialmente, a coletividade nos faz iguais em direitos e deveres.   




PRÁTICAS DE CIDADANIA ( VIDEOAULA 27)





O trabalho com Projetos voltados para comunidade, devem levar em consideração as questões culturais, as vivências, as expectativas da clientela atendida. O conhecimento do sujeito, sua formação é fruto das constantes interações que faz com o meio. Sua constituição psicológica, suas crenças e valores, são próprios das suas relações inter e intrapessoal.
Para que o trabalho com projetos seja eficaz, é preciso haver uma compreensão sobre todos os aspectos envolvidos na formação daquela comunidade. Uma vez, reconhecido, caracterizado e contextualizado, é necessário estabelecer parcerias com as pessoas que representam aquele grupo específico. Faz-se um levantamento das demandas a serem atendidas, coleta-se todas as informações relevantes para uma visão do que se espera do projeto. De posse das informações, é hora de delimitar, ou problematizar as demandas, observadas as necessidades e a viabilidade das ações. Em seguida, elabora-se o Projeto, estabelecendo objetivos ( metas a alcançar), definição do público-alvo ( a quem se destinam as ações), as metodologias e estratégias a serem utilizadas, os resultados que se esperam com esse projeto e o cronograma para nortear as ações. Enfim, o trabalho com projetos requer sistematização, participação coletiva, intervenção e determinação. O Projeto deve servir de prática da cidadania, promovendo discussões sobres problemas enfrentados pela comunidade, abrindo espaço para a elaboração de hipóteses e busca de soluções possíveis e viáveis para a situações de relevância local.


BULLYING ( VIDEOAULA 28)








O bullying configura-se em atitudes repetitivas de humilhação, ameaças, agressões verbais e/ou físicas e exclusão, entre pares, com o intuito de ferir, magoar e constranger uma ou mais pessoas por um longo período de tempo. Ainda hoje, a prática do bullying é conceituado equivocadamente, porém, para que seja considerado bullying, existem alguns aspectos a serem observados, como a intencionalidade e a constância em que ocorrem as ações. Uma vez, caracterizada a prática do bullying, a escola, o educador e os pais precisam ser comunicados, e estes por sua vez, devem tomar as devidas providências para coibir essa prática nociva. Outro fenômeno do bullying, é a ação praticada através das redes sociais, conhecido como cyberbullying. Essa prática gera prejuízos psicológicos muitas vezes irreversíveis, como comportamentos antissociais, transtornos psíquicos, e nos casos mais graves a vítima pode vir a cometer homicídio e/ou suicídio. Escola e família precisam estar unidas no combate ao bullying, orientando e educando para a cidadania, abrindo espaço para a discussão desse problema, colocando os alunos em condições refletir e buscar alternativas para exterminar essa prática dentro e fora da escola.





IMAGENS CEDIDAS PELOS SITES VISITADOS EM 23/10/2012:






















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