segunda-feira, 29 de outubro de 2012


TEMAS  TRANSVERSAIS  E  ESTRATÉGIAS  DE  PROJETOS



As Revoluções educacionais (videoaula 1)




A Educação passou por três revoluções até os dias de hoje. No início, a educação era destinada à aristocracia, sendo uma professor por aluno, ou preceptor como era chamado. Por volta do século XVIII, sob o decreto do Rei Frederico II, a educação passa a ser responsabilidade do Estado, perpetuando seu modelo tradicional até meados dos anos 1920, nas sociedades europeias, e dos anos 1980, no Brasil. Esse modelo de educação, tinha como foco principal a figura do professor, em condição de superioridade em relação ao aluno, e com uma postura autoritária,  considerando-se detentor do conhecimento. A partir da terceira revolução educacional, que se deu após esse período, a educação passa a ser concebida como democrática e universal, isto é, todos tem direito à educação, principalmente os que outrora eram excluídos da sala de aula, como negros, índios, pobres e deficientes. Porém, a grande questão é se essa escola, moldada às necessidades das sociedades do século XIX, conseguirá atender à nova demanda que emerge no século XXI.
A universalização do ensino, foi um grande marco na história da educação, porém, pelos estudos feitos e pelos resultados obtidos, a escola atual ainda não consegue oferecer um ensino de qualidade, que prepare o aluno para atuar ativamente na sociedade. Os resultados de pesquisas atuais mostram a ineficiência do ensino, uma vez que, os estudantes formados nesse modelo de educação, continuam excluídos, por não ter competências suficientes para adquirir conhecimento, refletir sobre os mesmos e aplicá-los na vida em sociedade. É de estrema urgência que se repense a educação à partir de uma perspectiva inclusiva de verdade, oferecendo ao aluno, um ensino de qualidade com vistas ao exercício efetivo da cidadania, capacitando os estudantes para uma postura reflexiva sobre seu papel na sociedade, e que garanta-lhe a formação necessária para prosseguir nos estudos, e evoluir como pessoa e como profissional.




Os caminhos da interdisciplinaridade (videoaula 2)




Segundo as Bases do Pensamento simplificador , a educação escolar sofre com a fragmentação, redução e abstração do conhecimento. Edgar Morin, defende a ideia de de um currículo transdisciplinar, multidisciplinar e interdisciplinar, no qual possa haver uma integração entre as disciplinas escolares, de modo a relacionar o conhecimento sobre determinado objeto de estudo aos conteúdos estudados em cada disciplina.
Os conceitos de multidisciplinaridade, transdisciplinaridade e interdisciplinaridade vem ao encontro das novas necessidades sociais, possibilitando um contextualização do conteúdo estudado. As disciplinas devem estar unidas com um único propósito, o de dar significado ao conhecimento construído pelo aluno.  



O conceito da transversalidade (videoaula 5)




Com a nova perspectiva de Educação, a escola assume um papel social de educar e formar indivíduos conscientes, participativos e capazes de exercer a sua cidadania. O currículo deve se adequar às necessidades e interesses da comunidade, na qual a escola está inserida, e assumindo o conceito de transversalidade, romper com a fragmentação do conhecimento.
As temáticas devem atravessar diversas áreas do conhecimento, priorizando as necessidades ético político-sociais da comunidade atendida pela escola.
Os conteúdos que anteriormente eram de cunho exclusivamente acadêmico, passam a contextualizar com a realidade de vida do aluno e da comunidade local, no entorno da escola. As experiências e necessidades da comunidade são aceitas e valorizadas como ponto de partida para a construção do  conhecimento, partindo do senso comum em direção ao conhecimento científico. Promovendo o envolvimento da escola com a comunidade, permitindo-lhe refletir sobre sua realidade, provocando um posicionamento crítico sobre as reais e possíveis mudanças para a melhoria na qualidade de vida no entorno da escola.



Temas transversais em Educação (videoaula 6)





Segundo o conteúdo estudado, existem diferentes conceitos de transversalidade, e diferentes formas de promover a transversalidade. A primeira concepção de transversalidade, diz respeito a um currículo cujo eixo principal são as disciplinas, ou seja, o conhecimento fragmentado é a base do currículo, e os temas transversais são abordados por especialistas, que de seus pontos de vista éticos e morais, defendem suas ideias em aulas expositivas, minicursos, ou em palestras. Não há com isso, uma integração entre as disciplinas escolares e os novos conhecimentos levantados nesses momentos de estudo. A segunda concepção de transversalidade, traz para o eixo principal, as temáticas transversais, integrando as diferentes áreas do conhecimento no estudos dessas temáticas, de modo que, cada disciplina possa trabalhar um determinado conteúdo que lhe compete, relacionando-o ao objeto de estudo em questão. Logo, a terceira concepção de transversalidade, defende o uso de estratégias que interliguem a escola ao seu entorno, sua realidade local, partindo do conhecimento de sua comunidade e alcançando os conhecimentos científicos, a fim de se contextualizar os acontecimentos atuais com a história local, contribuindo assim para, uma melhor compreensão dos fenômenos ocorrentes naquela comunidade. Esse último conceito de transversalidade é o único capaz de promover cidadania, uma vez que, traz para a discussão em sala de aula, os problemas da comunidade local. Nessa nova perspectiva de educação, os conhecimentos prévios do aluno são o ponto de partida para a construção de conhecimento, e suas necessidades e anseios, o ponto de chegada, isto é, o objetivo da educação passa a ter significado para o aluno. O objeto de estudo precisa ter relação com a vida do aluno para que ele contextualize às suas vivências, e faça uma nova leitura do mundo à sua volta. 




Elaboração de hipóteses (videoaula 9)





A Ciência deve estar a serviço da sociedade, para tal, faz-se necessário, que a escola promova uma educação formativa, capaz de desenvolver no aluno uma postura crítica e reflexiva sobre os novos conhecimentos adquiridos, auxiliando-o na interpretação do mundo, fazendo uso dessas práticas para se localizar no mundo e compreender as inúmeras informações que lhe são oferecidas cotidianamente. A ciência deve permitir ao homem, um constante questionamento, uma condição de ser inacabado, sempre disposto a confrontar ideias, levantar hipóteses, e posicionar-se de maneira crítica frente às novas descobertas, novos conhecimentos. A ciência deve atender às necessidade locais, relacionando o conteúdo escolar aos fenômenos presentes no cotidiano da comunidade no entorno da escola.
A educação para a cidadania oferece ao aluno a oportunidade da dúvida, permitindo-lhe refletir sobre si e sobre o mundo. As contantes buscas pelas respostas, a elaboração de hipóteses e a construção de novos conhecimentos, abrem caminho para uma transformação social, colocando o sujeito na condição de agente atuante, e consciente de de seu papel na sociedade.




Interdisciplinaridade e Transversalidade na educação (videoaula 10)


A escola deve trabalhar  temáticas relacionadas ao cotidiano da comunidade escolar, a partir de suas necessidades e interesses. Diante da problemática a ser estudada, faz-se necessária  uma ponte entre a Interdisciplinaridade e a Transversalidade, para que o trabalho pedagógico seja significativo para a aprendizagem do aluno. É importante que a temática estudada esteja contextualizada aos diferentes conteúdos das disciplinas escolares. Nesse momento, o educador vai fazer o canal entre esses conteúdos e os conhecimentos prévios do aluno. É preciso também, que haja um diálogo entre as diferentes áreas do conhecimento, para uma aprendizagem efetiva. Para isso,  o projeto trabalhado deve estar integrado, interligando os diferentes campos do conhecimento e possibilitando a real e efetiva participação de todos, alunos, professores e comunidade local.
A Interdisciplinaridade e a Transversalidade oportunizam uma interação entre os diferentes campos do conhecimento e permitem uma troca de informações entre eles, auxiliando na construção do conhecimento do aluno. As diferentes disciplinas, ajudarão na compreensão dos fenômenos estudados, pois oferecem base sólida para que o aluno possa formular hipóteses e desenvolver estratégias para a resolução das situações-problemas encontradas no seu cotidiano, e até mesmo em um contexto mais global, trazendo para si uma reflexão sobre os mais diversos problemas que ocorrem no mundo.



Conhecimentos em Rede (videoaula 13)




Comparando os diferentes práticas docentes frente às imagens do conhecimento, observa-se que em sua maioria, se privilegia o conhecimento acumulado, isto é, uma educação conteudista, ainda mais quando essa prática utiliza o “Discurso do Método”, defendido por René Descartes (1596-1650), o qual provoca uma fragmentação do saber, em disciplinas, e no qual um fenômeno é analisado a partir das suas bases mais simples e reconstituído pela ordem do simples ao complexo. Porém, se a prática docente faz uso das redes de significados, respeitando os interesses e conhecimentos prévios de cada pessoa, contextualizando o conhecimento à história de vida de cada um, suas necessidades, ela torna a aprendizagem efetiva, mediando a construção de novos conhecimentos, partindo do senso comum em direção ao conhecimento científico.
Com a fragmentação do ensino, o processo de ensino-aprendizagem sofre uma ruptura, deixando lacunas no conhecimento, e a educação passa a ser informativa, em vez de  educação formativa.





Projetos (videoaula 14)



Educação: a palavra (e a) ação
Ação: fazer com a palavra , com responsabilidade.

Toda ação é precedida por um desejo, uma necessidade.
Projetos são ações a serem realizadas ao longo de um período, ou a partir de um determinado momento. O projeto não é rígido, podendo ser modificado segundo as variáveis que surgirem durante o seu percurso. O projeto é idealizado a partir de ilusões, sonhos, visando metas a serem atingidas, porém é preciso avaliar quais são as funcionalidades, utilidades destas metas, para que o projeto tenha significado, coerência e fins justificáveis. O projeto possibilita a participação do grupo, dá significado ao conteúdo aprendido e promove a construção de novos conhecimentos. 




Pedagogia de Projetos (videoaula 17)






O Projeto deve levar em consideração a participação e o interesse do aluno, visando sempre o desenvolvimento deste e sua aprendizagem. As Estratégias de projetos são ações flexíveis, e passíveis de alterações, adaptando-se às necessidades surgidas ao longo de seu percurso. A ideia de Projetos é fundada na participação ativa do grupo, no levantamento de hipóteses e na busca de alternativas para solucionar os problemas levantados. A finalidade do Projeto deve estar relacionada à formação para a cidadania, ampliando o conhecimento do aluno a respeito do seu entorno, do meio no qual ele está inserido, estudando temas pertinentes a questões sociais e diretamente ligadas à sua vida e à vida da sua comunidade. No trabalho com Projetos deve-se procurar interligar e envolver todas as disciplinas escolares, de modo a existir um diálogo entre elas, afim de se estabelecer uma integração do conteúdo estudado, dando a este significado.




Educação integral (videoaula 18)





A educação integral permite ao aluno ter uma formação mais completa, uma vez que, ele tem mais tempo de envolvimento com a educação escolar, podendo assim, serem trabalhadas as suas diferentes potencialidades, suas diferentes inteligências. A educação integral oferece oportunidades de aprendizagens em diferentes áreas, propiciando a livre escolha do aluno, de acordo com o seu interesse. A construção do conhecimento é efetiva devido ao interesse e disponibilidade do aluno para determinada aprendizagem oferecida no contra turno escolar. Essa oportunidade de estar mais tempo dentro da escola, oferece também condições do aluno evoluir em seus estudos, isso porque, oferece a ele condições de leitura, de troca de experiências com outros alunos de diferentes turmas, enfim, ele tem um espaço educativo à disposição do seu desenvolvimento e de sua formação integral.



Sentimentos e afetos como tema transversal (videoaula 21)





A escola deve oportunizar momentos nos quais o aluno possa expressar suas ideias a respeito dos sentimentos por ele experienciados. Trabalhar com sentimentos é promover cidadania, visto que, os valores estão diretamente ligados aos sentimentos, pois segundo Piaget, surgem da “projeção de sentimentos positivos sobre objetos”, e/ou pessoas, e/ou relações, e/ou sobre si mesmo. Quando o sujeito se volta para si através do autoconhecimento, ele pode analisar e refletir sobre suas relações com o meio, suas experiências inter e intrapessoais, provocando uma reestruturação de suas concepções, reconceituando ideias equivocadas sobre afetividade e comportamento, e construir valores a partir desse novo olhar, dessa nova leitura de si e do mundo. O autoconhecimento proporciona uma reflexão sobre as ideias que o sujeito tem de si, percebendo-se como um ser com sentimentos diversos, que precisam ser trabalhados para uma melhor relação consigo e com o mundo.



A prática de projetos e transversalidade na sala de aula (videoaula 22)
As questões de gênero no cotidiano escolar







Os Temas Transversais devem ser pensados e trabalhados para a formação cidadã do aluno, estendendo à sua família e comunidade, de modo a compreender as questões das práticas sociais sexistas, de desigualdade de direitos, de dominação masculina, de patriarcalismo, enfim, que ele possa refletir, e ter um posicionamento crítico diante das situações de discriminação, depreciação e desvalorização em relação ao gênero. Com as grandes mudanças ocorridas na sociedade, durante o século passado, a mulher passou a ocupar o seu lugar de direito na sociedade, podendo assim, exercer sua cidadania, conquistando um espaço que outrora era destinado somente ao gênero masculino. Graças a essas inovações na sociedade, a igualdade de direito tem sido uma grande bandeira levantada por diversos setores da sociedade. Não há mais espaço para uma ideologia sexista, discriminatória e excludente.




Estratégias de Projetos e Construção da Rede (videoaula 25)




O Projeto deve ser organizado em etapas, que nortearão o trabalho docente. Primeiro faz-se a escolha do Tema que será estudado, em seguida faz-se a aproximação ao Tema, a partir de informações oferecidas pelo professor, levanta-se oralmente junto aos alunos as questões relacionadas ao Tema para a escolha de uma Temática mais específica . O próximo passo é a elaboração de perguntas para serem respondidas no percurso do Projeto, levantadas pelos alunos, ou seja o que querem saber sobre o assunto. Logo,  a busca de respostas deve envolver a interdisciplinaridade, isto é, uma rede entre as disciplinas, relacionando as questões levantadas aos conteúdos de cada disciplina escolar. Quando surgir a necessidade, o professor deve fazer algumas intervenções relacionadas às dúvidas que por ventura surgirem durante o projeto. Através da Rede que é tecida no Projeto, as disciplinas dialogam entre si e dão significados aos conteúdos estudados, elucidando as dúvidas dos alunos e possibilitando a construção de novos conhecimentos.



Estratégias de Projetos e Educação em Valores (videoaula 26)





As estratégias de projetos proporcionam uma contextualização entre os conteúdos escolares e os conhecimentos adquiridos durante o projeto, permitindo ao aluno, refletir sobre a temática estudada, uma vez que, essa começa a ter significado, quando confrontada aos seus conhecimentos prévios. A teia tecida no projeto, promove uma interligação, um diálogo entre diferentes áreas de estudo, o que possibilita uma junção do conhecimento, e esse passa a ser objeto de interesse do aluno, que consegue contextualizá-lo, relacionando-o às suas vivências. A cidadania é promovida nesse trabalho pedagógico, quando favorece uma aprendizagem significativa, coerente à realidade de vida do aluno, confrontando suas ideias e instigando-o a repensar seus conceitos e a buscar soluções para as situações-problema surgidas.




IMAGENS CEDIDAS PELOS SITES VISITADOS  EM 23/10/2012:




























EDUCAÇÃO  E  VALORES

O JUÍZO MORAL DA CRIANÇA ( VIDEOAULA 3)




Moral- conjunto de regras impostas por um grupo, ou seja, é construído coletivamente a partir dos costumes do grupo.
Para ser um sujeito moral é necessário cumprir as regras impostas e aceitas pelo grupo.
O sujeito passa por diferentes estados de educação moral. Quando a criança nasce, ela desconhece regras e exige cuidados e atenção a todo momento, fazendo somente aquilo que sente vontade. Logo a criança começa a aprender regras a partir da relação que se estabelece com outras pessoas, e esta lhe impõe limites, controlando seus impulsos e ensinando o que ela pode ou não fazer. Uma vez de posse dessa noção de limites, a criança precisa internalizar as regras de convívio social e de respeito mútuo, para que possa tornar-se autônoma, isto é, ter consciência de seu papel e de sua responsabilidade no cumprimento dessas regras. Piaget, fala sobre os estados que o sujeito passa durante a sua vida, sua formação, dividindo-os em três momentos distintos no qual o sujeito se encontra, isto é, do seu nascimento à sua vida adulta, a pessoa age de acordo com aquilo que compreende da sua relação com o meio. Quando o sujeito desconhece regras e faz tudo o que tem vontade, sem responsabilidade, sem preocupação com as consequências, ele se encontra no estado de anomia, a partir do momento que esse sujeito recebe orientações de outra pessoa sobre o que pode ou não fazer em virtude das consequências relacionadas às suas ações, ele passa para um estado de heteronomia. Mas, o mais importante estado defendido por Piaget, é o da autonomia, isto é, quando o sujeito internaliza as regras de convivência social, e age com responsabilidade, compreendendo a importância das suas atitudes para uma boa relação com o grupo, pensando sempre no coletivo. 




A ESCOLA E A CONSTRUÇÃO DE VALORES ( VIDEOAULA 4)





Os conteúdos escolares devem permitir a transversalidade e a interdisciplinaridade de temáticas relacionadas às questões sociais como inclusão social, respeito e solidariedade, igualdade de direitos, entre outras que são pertinentes na busca por uma sociedade justa e igualitária.
A escola deve permitir que o processo de ensino-aprendizagem ocorra a partir do diálogo, do respeito e aceitação da cultura do aluno, seus interesses e necessidades. É preciso que exista uma relação horizontal, na qual aluno e professor possam dialogar e aprender juntos.
O trabalho pedagógico tem de ter a intencionalidade pautada nos valores defendidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos, a qual idealiza uma sociedade  mais justa.
A relação professor-aluno deve permitir que o respeito, autoridade e admiração sejam promovidos através do diálogo e da reciprocidade de sentimentos positivos.






EDUCAÇÃO E ÉTICA ( VIDEOAULA 7)








A Ética é construída a partir das regras preestabelecidas por um determinado grupo, ela se constitui de uma ação voluntária do sujeito frente à situações cotidianas, sendo seus valores determinantes nas suas atitudes, isto é, ele age por sua livre escolha, de acordo com as suas crenças sobre certo e errado, sempre visando o coletivo, o bem comum. Logo a Moral, é recomendada por regras estabelecidas socialmente, porém, o sujeito submete-se a ela por imposição, com riscos de sansões caso não as cumpra.
A educação deve ter foco na Ética, visto que, o aluno está sendo formado para o exercício da cidadania, e esta, é constituída a partir de comportamentos éticos. Quando a escola tem uma proposta pedagógica com vistas à cidadania, ela tem de estar pautada em valores éticos, como solidariedade, justiça social e igualdade de direitos. É importante lembrar que a relação aluno-professor deve ser de respeito e admiração. Essa relação horizontal, permite o diálogo e a participação efetiva do aluno, o educador por sua vez, deve ser a referência ética do aluno, uma vez que sua postura compromete a formação do educando. O comportamento ético deve ser visto cotidianamente no espaço escolar, sendo demonstrado por todos que integram a comunidade escolar, educadores, funcionários, pais e alunos, devem observar suas ações e se comprometer a agir com responsabilidade e ética, visando o bem comum, a felicidade coletiva. 




A CONSTRUÇÃO PSICOLÓGICA DOS VALORES ( VIDEOAULA 8)





O valor está relacionado à questão afetiva, é do próprio sujeito, dá-se, segundo Piaget, da projeção que este faz sobre objetos, pessoas, relações ou sobre si mesmo. A construção dos valores acontece por toda vida, dependendo da experiência e do conceito que o indivíduo constrói sobre essa experiência. Cada sujeito constrói seus próprios valores, não dependendo de uma imposição externa, porém estão intimamente relacionados a afetividade, e como essa se dá, podendo ser positiva e tornar os valores positivos, e ou desejáveis no convívio social, ou ainda, negativa e responder aos valores negativos, e menos desejáveis.
Quando o sujeito constrói sua identidade com determinados valores, esses podem ser periféricos, pouco importantes, ou centrais, mais importantes. O posicionamento dos valores varia de acordo com a experiência vivida pelo sujeito, não são determinados, podendo assim, ser mudados ao longo da vida.
O papel social da escola é formar cidadãos éticos, a partir da inclusão, em seu currículo, de valores socialmente desejáveis. Os projetos devem priorizar as relações, promovendo a construção de valores positivos na formação do educando, para que este possa obter uma postura ética na sociedade e conviver coletivamente visando o bem comum.




PERSPECTIVAS ATUAIS DAS PESQUISAS EM PSICOLOGIA MORAL 
( VIDEOAULA 11)





Os valores estão relacionados às experiências do sujeito, e eles se dão na troca de afetos entre o sujeito e o meio. O sujeito constrói seus valores, podendo ser morais ou não, dependendo dos sentimentos projetados, se positivos ou negativos. Quando os valores são construídos, eles podem ocupar um lugar central ou periférico no sistema moral do sujeito, ou seja, se considerados centrais, esses valores passam a ter uma importância maior nas ações e concepções do sujeito, logo, se forem periféricos, tornam-se menos importantes nos conceitos do sujeito.
Os valores devem ser trabalhados na escola, como parte da proposta pedagógica, por sua importância, e relevância na formação integral do aluno. O educador deve incluir nas atividades de sala de aula, a formação em valores, reforçando e estimulando sentimentos positivos, fazendo com seus alunos levantem questões sobre valores, e discutam as reais possibilidades de se melhorar o convívio baseado em sentimentos positivos.






PERSPECTIVAS ATUAIS DA EDUCAÇÃO EM VALORES ( VIDEOAULA 12)




A Educação em valores promove uma interação entre Escola e Comunidade, permitindo que esta se sinta parte da educação, e participe das ações promovidas pela equipe escolar, como reuniões e conselhos, visando a melhoria do ensino.
A escola deve envolver a comunidade em sua proposta político pedagógica, trazendo as questões do entorno da escola para a sala de aula. Esse envolvimento reforça os laços do aluno com a escola, sentindo-se valorizado, e participando ativamente na construção do conhecimento.
Os projetos precisam partir das necessidades da comunidade local, e em parceria às diversas áreas do conhecimento, por isso, os responsáveis por essas disciplinas devem mediar a aprendizagem do aluno, oportunizando a sua reflexão sobre os fenômenos ocorridos no entorno da escola e que estão diretamente relacionados à sua vida, ao seu cotidiano. Esse é o caminho, partindo dos conhecimentos prévios do aluno com vista aos conhecimento científico, a formação integral, e a capacitação para o exercício efetivo da cidadania, desenvolvendo competências, utilizando os saberes construídos na busca pela melhoria da qualidade de vida, sua, e de sua comunidade.






DIMENSÕES CONSTITUTIVAS DO SUJEITO PSICOLÓGICO (VIDEOAULA 15)







O sujeito psicológico, é ser complexo, e se constitui nas relações com o meio. Ele se divide em consciente, quando suas ações ou sentimentos passam pela sua consciência, e não-consciente quando ocorrem no organismo, sem que necessariamente passe pelo consciente, exemplo as funções orgânicas e sua cadeia de processos.
O sujeito é formado na dimensão biológica, afetiva, sociocultural e cognitiva. Diante dessa ideia de sujeito psicológico, faz-se uma observação sobre concepções equivocadas a respeito do comportamento e atitudes do aluno, suas potencialidades e limites. O aluno é um pouco de cada dimensão que o constitui, e isso influencia diretamente na sua aprendizagem, cabendo ao educador considerar e respeitar todas as possíveis variáveis que por ventura venham interferir no processo de ensino-aprendizagem, buscando auxiliá-lo e garantir-lhe condições de obter uma aprendizagem significativa . Cada indivíduo é único, e como tal, possui características próprias, podendo sofrer mudanças no comportamento devido a uma predisposição genética ou influências do meio. Diante disso, cabe à educação escolar promover uma relação de respeito entre educador-educando, considerando suas necessidades, potencialidades e limitações, centrando sua proposta pedagógica sempre em função do aluno e da sua formação. 




A CONSTRUÇÃO DE VALORES E A DIMENSÃO AFETIVA (VIDEOAULA 16 )



A afetividade e a cognição são ao mesmo tempo motivacionais e estruturais, segundo Mario Carreteiro ( apud Pinheiro, Viviane, 2012). Nessa linha de pensamento, entende-se que, afetividade e cognição são influenciadas pelo meio e também construídas pelas estruturas internas do sujeito.
Dentre os sentimentos expressados pelo sujeito, a vergonha e a culpa evidenciam a sua reação diante de situações-problema enfrentadas cotidianamente. Quando a vergonha é percebida, demonstra que o sujeito quer se esquivar daquela situação, e está relacionada à forma como é visto pelos outros. Porém, se ficar evidente o sentimento de culpa, significa que o sujeito tem a necessidade de se retratar, pois demonstra arrependimento, e este sentimento está relacionado à imagem que ele mesmo faz de si próprio.
Essas constatações nos fazem pensar sobre a importância de se trabalhar os sentimentos morais na escola, promovendo um autoconhecimento do sujeito, e uma reflexão sobre suas atitudes, seus valores e sentimentos, para que diante de uma nova ação, ele possa ter um posicionamento positivo, e agir consciente de que fez o melhor. 




PODEM A ÉTICA E CIDADANIA SEREM ENSINADAS ? ( VIDEOAULA 19)









A Ética é uma necessidade da formação humana, para um convívio socialmente justo, solidário e igualitário. A escola tem o papel social de agente transformador da realidade, cabendo ao educador, formar cidadãos éticos, conscientes e atuantes na sociedade.
A educação escolar tem uma responsabilidade na formação do aluno, realizando um trabalho pedagógico que promova a construção de valores éticos. A Ética é uma conjunto de ações virtuosas, que visam a coletividade, a felicidade da maioria, o bem comum. O comportamento ético precisa ser observado no espaço escolar, a fim de que o aluno possa incorporar em sua prática diária, atitudes éticas, que são facilmente assimiladas quando estas lhe fazem sentido. O educador e equipe escolar, são importantes na formação do educando, pois a aprendizagem e a formação ocorrem a todo momento, nas relações e nas interações do sujeito com o meio, e cada comportamento observado serve de referencial na construção dos valores do aluno, cabendo assim, um olhar mais atento às atitudes das pessoas envolvidas com a educação escolar, obtendo sempre uma postura de respeito, tolerância, solidariedade e aceitação em relação ao outro.





VIOLÊNCIA E EDUCAÇÃO ( VIDEOAULA 20)







A violência escolar tem várias vertentes, podendo ser internas, no contexto escolar, ou externas, além dos muros da escola. Quando o aluno não se sente parte da escola, ele tende a depreciá-la, por não ver nela sentido. A violência pode ser física ou simbólica, esta segunda, por sua vez, ocorre numa relação desigual, pois sempre se origina numa relação de discriminação, desrespeito e exclusão de uma pessoa sobre outra, que está em condição de vulnerabilidade maior . Se a escola não inclui, não integra, não acolhe o aluno, este reage motivado pela sua insatisfação, agredindo física ou verbalmente professores e outros alunos. A escola precisa se preparar para acolher o aluno e oferecer-lhe oportunidades de diálogo, nas quais ele possa relatar suas insatisfações, seus interesses e necessidades. Um ambiente escolar democrático e acolhedor, demonstra interesse e respeito por seus alunos e lhes oferece condições de uma formação integral, desenvolvendo suas potencialidades, suprindo suas necessidades educacionais, mostrando-lhe o quanto ele é importante dentro e fora da escola.





ASSEMBLEIAS ESCOLARES E A DEMOCRACIA ESCOLAR ( VIDEOAULA 23)





As assembleias escolares são encontros nos quais alunos e equipe escolar dialogam afim de resolver os problemas surgidos na escola. Esses encontros podem ocorrer em sala de aula entre professor e alunos, ou entre alunos e equipe escolar, e ainda entre professores e funcionários da escola. É de real importância esse movimento democrático dentro da escola, pois abre um canal para o diálogo, para exposição de ideias, para a busca de soluções dos conflitos existentes no ambiente escolar. É uma demonstração de construção da cidadania promovido pela educação, uma vez que, coloca o aluno frente aos problemas do cotidiano escolar, e possibilita uma reflexão sobre papéis e responsabilidades dentro da escola.





DIVERSIDADE/PLURALIDADE CULTURAL NA ESCOLA ( VIDEOAULA 24)





Ainda hoje, a pluralidade cultural é pouco estudada na escola. Mesmo sendo incluídas nos PCN's, como Temas Transversais, a Pluralidade e Diversidade Cultural esbarram nos preconceitos de educadores e alunos, que não tem conhecimento sobre o assunto, e permanecem nessa condição de discriminação e exclusão social. Embora, tenhamos uma sociedade miscigenada, a questão das etnias ainda é tema de discussões nas escolas. Além da questão racial, existem formas de exclusão, seja pelo credo religioso, opção sexual, deficiência física ou mental, entre outras. As pessoas tem dificuldade em aceitar o diferente, e tendem a discriminá-lo, considerá-lo menos importante, e até mesmo ejetá-lo do convívio do grupo. Para que esse quadro mude, a educação escolar precisa ser reavaliada, e partir de um conceito de que somos todos iguais, e não é por características físicas, ideológicas, culturais ou socioeconômicas que as pessoas se tornam desiguais. Somos todos  diferentes, uma vez que, cada indivíduo é único, porém nos tornamos iguais, quando vivemos socialmente, a coletividade nos faz iguais em direitos e deveres.   




PRÁTICAS DE CIDADANIA ( VIDEOAULA 27)





O trabalho com Projetos voltados para comunidade, devem levar em consideração as questões culturais, as vivências, as expectativas da clientela atendida. O conhecimento do sujeito, sua formação é fruto das constantes interações que faz com o meio. Sua constituição psicológica, suas crenças e valores, são próprios das suas relações inter e intrapessoal.
Para que o trabalho com projetos seja eficaz, é preciso haver uma compreensão sobre todos os aspectos envolvidos na formação daquela comunidade. Uma vez, reconhecido, caracterizado e contextualizado, é necessário estabelecer parcerias com as pessoas que representam aquele grupo específico. Faz-se um levantamento das demandas a serem atendidas, coleta-se todas as informações relevantes para uma visão do que se espera do projeto. De posse das informações, é hora de delimitar, ou problematizar as demandas, observadas as necessidades e a viabilidade das ações. Em seguida, elabora-se o Projeto, estabelecendo objetivos ( metas a alcançar), definição do público-alvo ( a quem se destinam as ações), as metodologias e estratégias a serem utilizadas, os resultados que se esperam com esse projeto e o cronograma para nortear as ações. Enfim, o trabalho com projetos requer sistematização, participação coletiva, intervenção e determinação. O Projeto deve servir de prática da cidadania, promovendo discussões sobres problemas enfrentados pela comunidade, abrindo espaço para a elaboração de hipóteses e busca de soluções possíveis e viáveis para a situações de relevância local.


BULLYING ( VIDEOAULA 28)








O bullying configura-se em atitudes repetitivas de humilhação, ameaças, agressões verbais e/ou físicas e exclusão, entre pares, com o intuito de ferir, magoar e constranger uma ou mais pessoas por um longo período de tempo. Ainda hoje, a prática do bullying é conceituado equivocadamente, porém, para que seja considerado bullying, existem alguns aspectos a serem observados, como a intencionalidade e a constância em que ocorrem as ações. Uma vez, caracterizada a prática do bullying, a escola, o educador e os pais precisam ser comunicados, e estes por sua vez, devem tomar as devidas providências para coibir essa prática nociva. Outro fenômeno do bullying, é a ação praticada através das redes sociais, conhecido como cyberbullying. Essa prática gera prejuízos psicológicos muitas vezes irreversíveis, como comportamentos antissociais, transtornos psíquicos, e nos casos mais graves a vítima pode vir a cometer homicídio e/ou suicídio. Escola e família precisam estar unidas no combate ao bullying, orientando e educando para a cidadania, abrindo espaço para a discussão desse problema, colocando os alunos em condições refletir e buscar alternativas para exterminar essa prática dentro e fora da escola.





IMAGENS CEDIDAS PELOS SITES VISITADOS EM 23/10/2012: